A indiferença e amargura no casamento podem ser curadas
- Nivaldo Ximenes
- 25 de dez. de 2019
- 3 min de leitura

A medida que os anos passam muitos casais não crescem em sua intimidade. A alegria e o entusiasmo que tinham um para com o outro deu lugar a indiferença e distanciamento das emoções. Vivem nas mesmas casas, compartilham a cama e as atividades religiosas, mas possuem grande dificuldade em expressar sentimentos de amor, amizade e companheirismo. A intimidade vai se esvaindo dando lugar a sentimentos de rancor e indiferença. Não conseguem rir juntos, brincar sozinhos ou até mesmo fazer atividades das quais gostavam antes como passear de mãos dadas no parque ou ir fazer compras.
A indiferença dos cônjuges entre si é uma arma poderosa para a destruição do relacionamento. Produz ansiedade e amargura. Geralmente os cônjuges dedicam-se a uma atividade que não permite que desfrutem da presença um do outro. Essa atividade pode ser uma dedicação fora do comum a um filho, ao trabalho e até mesmo as atividades religiosas. Aplicam o maior tempo possível em alguma destas atividades para que ela consuma o tempo que poderia aplicar e desfrutar no relacionamento conjugal.
Salomão disse que há tempo para todas as coisas (Ec.3.1). Os cônjuges precisam se conscientizar que a fuga não resolverá o problema que se instalou distanciando seus corações. A intimidade precisa ser aprendida, desenvolvida e renovada.
Como fazê-lo? Quero dar algumas dicas importantes. Se você está com este problema siga estes passos. Se você não está passando por isso, reflita e use as dicas a seguir como prevenção.
Use o perdão para apagar as magoas
O perdão deve ser a base de apoio emocional e espiritual no casamento. O Senhor Jesus ensinou a teologia do perdão na oração do Pai Nosso: o perdão do Senhor é condicional ao perdão que oferecemos ao nosso semelhante (Mt 7.16).
Seja um cônjuge doador
Muitos relacionamentos, seja matrimonial ou fraternal, se desgastam devido a presença do egoísmo no coração. Ninguém quer dar nada de graça! Na linguagem de “chão de fábrica” o termo usado é sanguessuga, morcego, vampiro, etc. Jesus ensinou que é dando que se recebe (Lc 6.38). Ele foi um exemplo vivo quando se doou voluntariamente por todos nós lá no calvário.
Você pode até está pensando neste momento: “Mas eu já tentei, já fui doador e nunca resolvemos o problema”. Afirmo que se você exercer o amor de Cristo, a piedade e um vida espiritual abundante, Deus é poderoso para reconstruir seu casamento. A lei da semeadura é uma verdade eterna. A fé e a oração move a mão de Deus!
Invista em Boas memórias
Desenvolva o hábito de registrar os momentos alegres, as conquistas e os momentos de lazer. Se você observar o textos sagrados, verá que toda conquista e vitorias eram registradas. Naquela época não havia câmeras fotográficas. Altares eram erguidos, pedras eram colocadas e nomeadas. Um exemplo bem claro está em 1 Samuel 7.12 “ Então, tomou Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e chamou o seu nome Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor. O próprio Senhor Jesus estabeleceu a santa ceia como um memorial a grande vitória conquistada no calvário ( 1 Co 11. 23-26).
Busque o prazer em estar na presença um do outro
Procurem redescobrir as atividades de lazer que desfrutam em comum. Brinque com seu cônjuge literalmente. Porém, cuide para que as brincadeiras não os levem a se ofenderem e nem as parentes do cônjuge. Um exemplo bíblico que você pode observar da importância do lazer entre os cônjuges está registrado em Genesis 26.8-9:
“Ora, tendo Isaque permanecido ali por muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhando da janela, viu que Isaque acariciava a Rebeca, sua mulher. 9 Então, Abimeleque chamou a Isaque e lhe disse: É evidente que ela é tua esposa; como, pois, disseste: É minha irmã? Respondeu- lhe Isaque: Porque eu dizia: para que eu não morra por causa dela."
Conclusão
Existem coisas características e peculiares do namoro como beijos, segredos, bilhetes, flores, perfume, carícias, surpresas, cartinhas, presentes, etc, que precisam continuar a acontecer na vida conjugal. O romantismo do namoro deve ser preservado, cultivado, cuidado, como se fosse uma plantinha delicada que sem água seca logo. Elas fazem partes das coisas mais importantes para um casal se amar sempre! O Próprio Senhor Jesus, alerta a usa igreja a não deixar o primeiro amor, as primeiras obras. Isso também funciona no casamento. Não podemos nos esquecer do primeiro amor: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.”(AP 2:4)
Pr. Nivaldo Ximenes - Natal de 2019
留言